Uma grande perda para aviação mundial.

O maior avião do mundo, o Antonov AN-225, foi destruído durante a invasão russa da Ucrânia, segundo autoridades ucranianas, gerando alarme e tristeza entre o mundo da aviação em que a aeronave ocupa um status quase cult.

Aeronave, chamada “Mriya”, ou “sonho” em ucraniano, estava estacionada em um aeródromo perto de Kiev quando foi atacada pelos russos, no dia 27 de fevereiro de 2022.

A informação foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, nas redes sociais. “Esta foi a maior aeronave do mundo, AN-225 ‘Mriya’. A Rússia pode ter destruído nosso ‘Mriya’. Mas nunca poderão destruir o nosso sonho de um Estado europeu forte, livre e democrático. Vamos prevalecer!”

A história do AN-225 começa nos anos 1960 e 1970, quando a União Soviética estava travada em uma corrida espacial com os Estados Unidos.

No final da década de 1970, surgiu a necessidade de transportar cargas grandes e pesadas de seus locais de montagem para o Cosmódromo de Baikonur, o extenso porto espacial nos desertos do Cazaquistão que foi a plataforma de lançamento da viagem espacial pioneira de Yuri Gagarin em 1961.

Além de ser o maior avião do mundo, o AN-225 ajudou o transporte aéreo durante crises em outros países. Após o terremoto de 2010 no Haiti, ela entregou suprimentos de emergência à vizinha República Dominicana. Durante os primeiros dias da pandemia de Covid-19, foi usado para transportar suprimentos médicos para as áreas afetadas.

Sua popularidade no mundo da aviação significava que o Antonov muitas vezes atraía grandes multidões onde quer que fosse, principalmente quando fazia aparições de estrelas em shows aéreos.

Até hoje, o Mriya continuava sendo a aeronave mais pesada já construída. Alimentada por seis motores turbofan, ele tem um peso máximo de carga útil de 250 toneladas, que pode ser transportada dentro ou nas costas. Ele possui a maior envergadura de qualquer avião em serviço operacional.

O maior avião de carga do mundo era de fabricação ucraniana. O fabricante diz que restauração custaria mais de US$ 3 bilhões e levaria muito tempo, mais de cinco anos. A empresa de defesa estatal ucraniana Ukroboronprom, que administra o Antonov, divulgou que a aeronave será reconstruída às custas da Rússia.

Em comunicado a empresa afirma: “Nossa tarefa é garantir que esses custos sejam cobertos pela Federação Russa, que causou danos intencionais à aviação da Ucrânia e ao setor de carga aérea”.

Com certeza, esta é uma grande perda para aviação mundial.

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